São inúmeras as raças de cães cheios de energia, bem maior do que aquelas consideradas de cães considerados mais paradões, afinal de contas, muitas raças foram selecionadas a princípio para participar de atividades ao ar livre, como a caça, a guarda, ou até mesmo para acompanhar carruagens, como no caso dos dálmatas. Portanto, haja energia para gastar.
Com certeza aqueles cães que na hora do passeio puxam a guia, só o fazem porque de alguma forma são recompensados, ou seja, se o cão puxa a guia, ele faz isso porque de alguma maneira vale a pena para ele. Assim, a primeira providência deve ser tomada para ensinar o cão a não puxar é justamente não deixar que ele chegue onde quer dando os puxões. Se ele der o tranco, o dono deve mantê-lo perto de si. Paralelo a isso devemos ensinar o cão a gostar de andar ao lado, com o treino citado anteriormente, recompensando cada passo que ele dá junto de nós.
Gastando energia
Todos os cães, sem exceção, precisam gastar energia. O que vai variar de cão para cão é o nível de energia. Para cães com baixa energia até 1 hora de atividade leve e moderada por dia é suficiente. Para cães com nível de energia um pouco mais alto, pelo menos 2 horas de atividades, incluindo bolinhas, frisbee, corrida leve. Agora para um cão com um nível de atividade muito alto, como o Border Collie ou o Jack Russell, o gasto de energia precisa ser intenso. Para se ter uma ideia, se o dono quiser gastar essa energia apenas andando, ele precisa caminhar de 8 a 9 horas por dia. Assim, a rotina para quem tem um cão desses, precisa ser estruturada com atividades rigorosas, como corridas, brincadeiras com outros cães, passeio a lugares novos, treinos de comandos e truques, e se possível, o dono precisa praticar esporte com ele. Pode ser agility, frisbee, canine freestyle, ciclismo, brincadeiras intensas de bolinhas. O ideal é que o cão volte exausto para casa pelo menos uma vez por dia. Parece que uma atividade quase impossível, não é mesmo? Mas se o dono inserir o cão na sua rotina de atividade física, essa energia pode ser gasta e o vínculo entre o cão e o dono aumenta.
Mas é preciso está super atento, pois cada cão tem suas particularidades. No caso de cães branquicefálicos como Pugs e Buldogues, é preciso ter um cuidado extra: atividade intensa pode fazer com que ele superaqueça e pode levá-lo a óbito. Então, antes de iniciar uma rotina de atividades físicas para o seu cão, o ideal é que você se informe sobre o perfil da raça que adquiriu e que faça uma consulta ao veterinário.
Jogando bolinha
Brincar com cães de buscar e trazer a bolinha de volta, é sempre muito divertido. Mas é muito comum as pessoas dizerem “meu cão busca a bolinha quando eu jogo, mas ele não me devolve”. Nesse caso, existe uma maneira simples de fazer com que ele devolva a bolinha: tenha duas bolinhas em mãos, jogue a primeira e assim que o cão pegá-la, o estimule a voltar para você, chamando, fazendo festinha. Quando ele chegar perto, nunca tente tirar a bolinha da boca dele. Isso é extremamente aversivo, pois você está tirando algo que ele quer muito, e fazendo isso você o estimula a realmente não entregar a bolinha. Nesse momento você deve apresentar a outra bolinha que está com você. Normalmente um objeto que está nas mãos do dono é muito mais interessante do que qualquer outro, então os cães tendem a soltar a bola que estão segurando quando a outra é apresentada. Assim que ele soltar, jogue a outra bolinha e repita esse processo várias vezes. Dessa maneira o cão entende que se ele soltar a bolinha, a brincadeira continua da mesma maneira.
Quando o cão estiver fazendo isso bem com duas bolinhas, soltando a primeira assim que se aproxima de você, pode passar a usar apenas uma, esperando o cão soltar. Nesse momento pode associar a palavra “solta” ao momento em que ele abre a boca, e jogar a bolinha novamente.