Uma doença que assusta muitos tutores de cães e cheia de mitos, a leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é uma doença causada por um protozoário chamado tripanossomatídeo Leishmania chagasi.
Ao contrário do que muitos acham, o cão não é transmissor do calazar, ele é tão vítima quanto o ser humano. Ela é transmitida pelo mosquito-palha, da família dos flebótomos e pode infectar mamíferos em geral. Esses mosquitos são pequenos e de cor clara e gostam de viver em ambientes escuros, úmidos e onde há lixo orgânico ou muitas plantas. Têm hábitos noturnos, mas, também gostam do fim da tarde, principalmente as fêmeas, para o desenvolvimento de seus ovos.
Infelizmente, para os cães, a doença não tem cura, então, o melhor é prevenir que nossos amigos de quatro patas não tenham contato com o mosquito.
Sintomas da leishmaniose
Fique atento à sua saúde de seu amigo, caso ele apresente algum desses sintomas: feridas nas pontas das orelhas e/ou focinho, crescimento anormal das unhas, enfraquecimento do pelo, perda de peso, fraqueza, entre outros. Em alguns casos, não há apresentação de sintomas, porém somente com exames específicos a doença poderá ser diagnosticada, com sintomas aparentes ou não.
Prevenção
Para prevenir o contágio da leishmaniose pelo mosquito-palha, é preciso adotar algumas medidas:
- Evite passeios com seu cão após no final da tarde ou após o pôr do sol, pois são os horários de maior atividade do mosquito-palha, além de evitar ambientes úmidos como matas ou parques nesses horários;
- Não permitir o acúmulo de lixo em casa ou em terrenos baldios, mesmo que não sejam próximos à sua casa, afinal, existem outras pessoas e outros animais em volta, e o mosquito se reproduz nesse tipo de ambiente onde existe matéria orgânica;
- Uso de telas, que podem ser colocadas em portas e janelas, que evitem a entrada do mosquito em casa. A prevenção é para todos;
- Uso de repelentes, tanto em casa (nas telas de proteção, embaixo e atrás de móveis), quanto repelente corporal para cães e humanos, permita que seu pet durma dentro de casa, já que é durante a noite que os mosquitos agem;
- Uso de coleira repelente à base de deltrametrina ou permetrina (4%) em cães. Confira aqui a oferta de coleira repelente Leevre;
- Check up anual no veterinário (exames clínico e laboratoriais) são importantes para detectar a presença desta ou de outras doenças;
- Vacina específica para prevenir a doença, para reforçar a imunidade do seu cão e impedir que ele contraia e possa alojar o protozoário em seu organismo e, com isso, evitar que o mosquito-palha o pique novamente e transmita a doença para outros cães e/ou humanos. No primeiro ano de vida, após o filhote completar 4 meses, são aplicadas três doses da vacina contra leishmaniose, com intervalos de três semanas entre cada. A partir do segundo ano, a vacina é anual.