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Gatos e banho, uma combinação que requer atenção e cuidados

Gatos sentem uma desorientação tátil quando têm seus pelos encharcados. Isso acontece, porque felinos têm dois tipos de pelos em seu corpo: um mais rente a pele, que pode ser mais curto (em gatos provenientes de regiões mais quentes) ou mais longo (caso venham de regiões frias); e um outro pelo mais longo, chamado de pelo de guarda, que recobre esse sub pelo ou pelo de recobrimento. A função desse sub pelo é manter a temperatura corporal do animal estável, como um isolante térmico. Quando o animal se molha de forma superficial, como em uma chuva, esse pelo inteiro não se molha, porém em caso de banho, ele é encharcado, retirando o isolamento térmico do animal. Por esse motivo, ao banhar o animal, o tutor deve secar bem a pelagem: primeiro com toalha e depois garantindo que o felino fique exposto ao sol para que seque por completo e recupere, assim, seu isolamento térmico.

Já a maioria das espécies de felinos silvestres (os parentes do nosso gato doméstico), aprecia o contato com a água, sobretudo as que habitam locais como as savanas que, embora sejam secos, possuem cursos de água abundantes. Esses animais entram na água tanto para se refrescar como para caçar bichos aquáticos. Existe até uma espécie chamada de gato-pescador (Prionailurus Viverrinus) que caça quase que exclusivamente animais aquáticos. Contudo, como o gato doméstico é descendente do gato selvagem africado (o Felis lybica), cuja origem é o Norte da África, o Oriente Médio e a Península Arábica – ou seja, locais bastante áridos, onde a água é escassa – ele é um pouco mais resistente para se adaptar ao contato com a água.

Facilite os banhos, acostume o seu gato com a água

Algumas super dicas para ter um felino bem resolvido com a água:

  1. Crie uma rotina: Inclua o contato com a água no dia a dia do animal. Gatos gostam de rotina!!!
  2. Adaptação gradual: A adaptação deve ser gradual, para que o gato aprecie tomar banho e brincar com água. O ideal é começar logo após o primeiro mês de vida do felino. Comece deixando-o em uma bacia sem água, para que brinque. Em seguida, coloque um pouco de água morna molhando somente as patinhas e vá aumentando, de forma gradual, a quantidade.
  3. Água no ambiente: Permita que seu felino entre no box quando você estiver tomando banho, se ele desejar. Não impeça que seu gato brinque com a água por medo dele sujar a casa. Deixe que ele siga sua vontade e interaja com a água corrente, da torneira, do chuveiro, onde ele bem entender.
  4. Banho bom: Ao acostumar o gato com água, atente-se a secar bem o animal após o banho e evite usar produtos com odores fortes. Até produtos químicos presentes na própria água da torneira, como cloro e flúor, podem afastar gatos. Alguns gatos tentem a se esfregar na areia ou na terra logo depois do banho. Isso acontece porque os materiais em pó ajudam a secar os pelos. Assim para evitar esse comportamento, seque o animal com a toalha. Limitar o acesso ao ambiente com terra pode ajudar.

Em quais situações o gato deve tomar banho?

Como o gato faz sua própria higiene, uma grande parte dos tutores não dá banho em seus gatos. No entanto, existem situações em que esse hábito deve ser seguido sim. Confira quais são elas!

  • gatos muito peludos: pets com a pelagem farta e longa, como o persa, o angorá, o ragdool ou mesmo aqueles sem raça definida, mas que têm pelo em abundância, devem sim, de vez em quando, tomar um banho. O motivo principal é que na hora da higienização esses felinos ingerem muito pelo, o que lhes é extremamente prejudicial à saúde — podendo causar a tão temida bola de pelo que pode obstruir o intestino;
  • gatos idosos: muitas vezes os bichanos com mais idade não têm a mesma disposição que os mais novos de se higienizarem. Sendo assim, em algumas situações eles não se mantêm tão limpos como deviam e acabam apresentando bolas de pelo e sujidades, que podem ser removidas por meio de um banho, preferencialmente o seco — visto que este causará menos estresse ao bichano;
  • gatos que dão “voltinhas”: não são aconselháveis as famosas “voltinhas”. No entanto, para alguns tutores, trata-se de uma situação incontrolável, principalmente para aqueles que os criam em casas com acesso à rua. Nesses casos, existem medidas para evitar que eles peguem doenças, como a utilização de alguns produtos, por meio da vermifugação semestral e da vacinação (que deve estar sempre em dia, mesmo para os que se mantêm em apartamentos). O banho nesses animais é imprescindível;
  • gatos doentes: felinos com algumas doenças devem tomar banho sim, principalmente pela debilidade na qual se encontram e os tornam mais fracos para fazerem sua higienização. Contudo, o banho deve ser com todo cuidado, evitando estresse. Muitos optam pelo banho seco para evitar situações de ansiedade e agitação por parte do felino.

Como dar banho em gato?

Confira o passo a passo para dar um banho com menos estresse possível:

  • coloque o gato em um recipiente, preferencialmente uma banheira ou bacia grande. se o bichinho tem aversão à água, mantenha o local vazio;
  • com a ajuda de uma mangueira ou recipiente, vá jogando água morna sobre o felino aos poucos, usar o chuveiro pode assustá-lo, por isso você deve evitá-lo;
  • se seu bichano possui brinquedos dos quais gosta muito, distraia-o com eles. isso pode deixar esse momento mais tranquilo;
  • evite ensaboar muito o gato — principalmente se ele não gosta de água — pois, depois você necessitará de uma quantidade muito grande para enxaguá-lo;
  • aplique o xampu suavemente, como se estivesse acariciando seu felino;
  • não use sabonete no rosto do pet, sob o risco de penetrar nos olhos e causar irritação.
  • por fim, seque seu gatinho suavemente com uma toalha e penteie o pelo, se o gato tiver pelo longo;
  • após todo esse estresse, agrade seu bichano com brincadeiras, mimos e petiscos.

Dicas importantes

Algumas dicas valem a pena serem repassadas aos tutores. Confira:

  • penteie seu gato diariamente, essa medida evitará que ele ingira muito pelo;
  • evite, mesmo que você more em casa, que seu gato saia. Ele poderá ser atropelado, ser envenenado e contrair doenças que não são protegidas pela vacinação, como a esporotricose, que é uma micose causada por um fungo e ele pode contraí-la ao brigar com outros gatos;
  • não dê banho em filhotes com menos de oito meses, até essa fase, se necessitar banhá-los, prefira o seco;
  • leve seu gato semestralmente ao veterinário para ser vermifugado e colocar em dia a vacinação, se for o caso.

Com que frequência você deve dar banho em gatos?

Não é recomendado lavar os felinos com muita frequência, isso pode ocasionar a perda da gordura natural que protege a pele dos bichanos. Banhos que não tenham urgência podem ser dados com intervalos maiores, visto que os gatos, como já mencionamos neste artigo, higienizam-se sozinhos.

Na verdade, existe uma variação entre os banhos, que pode ser de 5 semanas a seis meses. Consulte seu veterinário de confiança para que ele lhe dê as devidas orientações e estabeleça uma periodicidade.

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Fonte: Docg.

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