Assim como fazemos com nossas crianças, é importante facilitar o entendimento do pet em relação aos ensinamentos que queremos passar. Facilite as tarefas para que ele as realize e tenha a oportunidade de ser recompensado. Com repetições e dinâmica, o filhote aprenderá com mais rapidez.
Dê a ele atividades que supram suas necessidades, ofereça a ele brinquedos para morder, pois filhotes sentem desconforto muito intenso quando os dentes começam a nascer e durante a troca dos dentes de leite, sentindo vontade de morder qualquer coisa que alivie o desconforto. Se essa dor e coceira não forem direcionadas ao passatempo correto, o pet pode até desenvolver o hábito de morder objetos da casa.
Use e abuse também de brincadeiras com bolinhas e caça ao tesouro, espalhando ração ou petisco pela casa para que o filhote os busque farejando. As atividades cansam o pet, gastando a energia que esses pequenos naturalmente têm, o que é fundamental para ajudar o cão a não ter interesse por nada que ele não possa morder, como utensílios dos donos ou da casa.
Ensinar comandos desde a chegada do filhote em casa é muito importante. Mais do que algo fofo de ver, esse treinamento estimula o pet desde cedo a realizar alguns comandos básicos, que melhoram a comunicação entre o cão e os tutores e ajuda o animal a compreender melhor o que é esperado dele. O comando “senta” pode auxiliar em diversas situações: quando chegam visitas você pode pedir o comando ao pet e evitar que ele pule nas pessoas, se o animal entender que sentado ele ganha mais atenção do que pulando, vai passar a gostar de atender a tal comando.
Para ensinar o “senta”, coloque um petisco bem gostoso no focinho do animal e leve a guloseima para cima de sua cabeça, fazendo o peludo encostar o bumbum no chão. Quando ele o fizer, dê a recompensa. Repita o treinamento até que o amigo esteja sentado apenas com o movimento da sua mão. É importante sempre recompensá-lo com aquilo que ele mais gosta: petisco, atenção, carinho ou brinquedo. Descubra qual a recompensa favorita dele e use-a nos treinos.
Ensinar limites ao cão, vai auxiliá-lo a ter autocontrole e evitar comportamentos indesejados. Para isso, ensine o “não”. Coloque um petisco no chão e o afaste com a guia dizendo “não”. Quando o filhote não insistir mais, recompense-o.
Solidão sem crise
Nosso dia a dia é bastante conturbado: saímos de casa cedo e passamos o dia fora, no trabalho ou estudando, e nosso peludo muitas vezes fica em casa ocioso nos esperando. Essa situação pode gerar uma série de comportamentos indesejados, como ansiedade, estresse, compulsões etc. Assim, ensinar nossos filhotes a ficar sozinho praticando atividades bem legais ajudará muito o pet a ser mais feliz. O enriquecimento ambiental com brinquedos é uma forma bastante eficiente de deixar nossos peludos distraídos e saudáveis, física e mentalmente falando.
Um erro bastante comum ocorre quando tentamos ensinar nosso filhote a fazer suas necessidades no local correto. Sem saber, alguns tutores acabam deixando o jornal ou o tapete higiênico perto demais da comida, da água e da cama do cão. Além de eles não gostarem de se aliviar perto de onde comem e dormem, devemos facilitar o aprendizado. O primeiro passo é retirar tapetes de tecido e de pelos dentro de casa, pois os locais absorventes são um chamariz para nossos amiguinhos, já que, por instinto, ele busca locais que enxuguem o xixi.
Sem medo de ir ao vet
Uma dica importante para que o seu pet não se estresse com o veterinário, é manipulá-lo desde filhote em diferentes partes do seu corpo. Uma atitude simples, mas que fará uma grande diferença em diversos procedimentos futuros com o médico veterinário. Devemos mexer em suas patinhas, ouvidos, rabo e na parte interna da boca frequentemente, mas sempre recompensando o animal com algo gostoso. Acostuma-lo com a caixa de transporte e com o carro é outro passo importante para facilitar as idas ao veterinário, ao banho e tosa, além de acostumar o animal com possíveis viagens com a família. Para isso, devemos transformar a caixa em um abrigo para o filhote. Inicialmente, deixe o animal com livre acesso a ela, realizando sua alimentação dentro da caixa e habituando-o a ficar pequenos períodos fechado dentro dela.
Os passeios com coleira são essenciais para a socialização
Habitue desde cedo o cão a usar coleira. Adaptar o pet a coleira antes de sair na rua é essencial. Assim que ele já estiver acostumado com ela, utilize a guia e o petisco para fazer o pet se movimentar em sua direção. Somente quando o bichinho estiver se sentindo confortável inicie os passeios na rua.
Para uma convivência tranquila, será de extrema importância socializar o pet com diferentes animais e pessoas. Faça esses treinos de forma gradual expondo o filhote as situações, sempre associando-as a algo positivo, como comida e carinho. Com cuidado e sempre vá tirando possíveis medos de objetos que são frequentemente utilizados por nós, como escovas, máquinas de tosa e utensílios de banho, por exemplo. Expondo os filhotes aos estímulos, de forma gradual e sempre com recompensas, seu pet vai ficar cada vez mais integrado a família.
Ensinando a aceitar outros animais
Fazer com que seu cão aceite conviver com outros animais é muito similar com o treinamento para que ele se socialize com pessoas. A diferença, é que com outros animais é preciso se certificar de que os dois estejam em um ambiente controlado, priorizando a segurança no treino. Para manter esse controle, pode-se fazer uso de coleiras, guias e caixas de transporte.
Os cães devem ser apresentados em ambiente neutro e pode-se usar o passeio para ajudar na socialização, de preferência com duas pessoas, cada uma segurando um cão. Já entre cães e gatos, a socialização deve ser feita da seguinte forma: o gato precisa estar preso a uma guia ou, de preferência, numa caixa de transporte, e o cão também deve estar na guia e se aproximar pouco a pouco, e o dono recompensando cada olhar e cada passo a mais.
Quem vai determinar a velocidade da evolução do treino é o gato, pois ele é muito mais sensível, além de estar em posição de presa. Caso o gato aparente estar com medo ou estressado, aumente a distância entre os animais de estimação e recomece aos poucos, sempre recompensando-os por estarem na presença um do outro, criando uma associação positiva.
Apresentando o barulho ao cão
Quanto mais cedo começar o trabalho de socialização do cão, melhor. Assim haverá menos possibilidades de ele ter uma barreira futuramente. A idade ideal para a socialização é dos 2 aos 4 meses de idade. Nesse período, a janela de socialização está aberta a todas as situações são mais fáceis de serem processadas pelo bichinho. Isso não significa que os adultos não possam ser socializados, mais o processo ocorre de forma mais lenta nesse caso. O cão adulto já tem uma gama de associações formadas, as vezes alguns vícios e traumas, mas, ainda sim, da maneira correta e com ajuda de um profissional em comportamento animal, essa tarefa pode ser executada e esses “vícios”, “revertidos”.
Uma das socializações que devem ser feitas em cães é aquela que o deixa habituado a ruídos como buzinas de carro, campainhas, fogos de artifício, etc. o objetivo é o pet não ficar estressado ou com medo quando nos ouve. Apresente os barulhos pouco a pouco, de preferência em outro ambiente em baixo volume, e vá aumentando e aproximando o ruído do cão aos poucos. Sempre recompense, até que ele fique confortável e se sinta seguro com a proximidade do barulho.