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Cairn Terrier

Dorothy, uma garota do Kansas, está longe de casa, num lugar colorido e estranho, após voar dentro de um tornado. Espantada com o cenário, diz para o seu cachorro, que está nos seus braços: “Totó, tenho a sensação de que não estamos mais no Kansas”. A frase, votada a quarta mais famosa da história, é o ponto chave do roteiro de O Mágico de Oz, clássico de 1939.

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No colo de Dorothy, está um Cairn Terrier, o Totó original, que deu origem a milhares de Totós pelo mundo. Na verdade, Totó era uma cadela chamada Terry, que apareceu em 15 filmes ao longo da carreira e que ganhava mais do que os outros atores (dinheiro embolsado pelo seu dono). Fora das telas, o escocês cairn terrier tem fama de vasculhar tudo, como pedras e cantos de jardim – sua função original era de caçar e espantar pequenos bichos e insetos. Dentro de sua casa, gosta de se enfiar em sofás, armários, enfim, qualquer canto.

Originário da Escócia, o Cairn terrier é uma das raças mais populares e antigas da Grã-Bretanha e, segundo historiadores e especialistas, o Cairn é uma das poucas raças que se mantiveram fiéis ao seu tipo original durante os anos. Sabe-se que o Cairn já era conhecida na região desde a Idade Média. No século XV, cães muito semelhantes aos cairn terriers eram utilizados na caça de pequeno porte, como raposas, lebres, lontras. A principal função destes pequenos caçadores era a de expulsar lontras de seus esconderijos, formados por pilhas de pedras, em inglês cairn, de onde herdaram seu nome Cairn Terrier. Foi apresentado em exposições caninas, pela primeira vez, em 1860, com o nome Skaye Terrier de Pelo Duro, nome escolhido para homenagear a ilha de origem da raça e onde se encontravam os exemplares mais típicos. Sua antiguidade e a grande variedade de raças aparentadas torna difícil precisar quais foram as raças que constituíram o Cairn Terrier. O que se sabe é que foi a partir do Cairn terrier que surgissem outras raças, especialmente o West Highland White Terrier, uma vez que do acasalamento de 2 Cairns eventualmente nasciam exemplares brancos que eram banidos pelos criadores. A cor branca foi banida das cores aceitas para o Cairn no início do século XX, justamente quando o Cairn Terrier obteve seu reconhecimento como raça independente. Durante o período de transição, numa mesma ninhada poderiam haver cães registrados como Cairn Terrier e outros filhotes registrados como Westie, dependendo da cor.

Personalidade do cairn terrier

O Cairn terrier é considerado como o mais apegado dos terriers. Possui grande aptidão para a caça e é um cão bastante ativo, valente e alegre, mas apesar disso, pode ser um excelente companheiro. Como todo bom terrier, certamente não é um cão indicado para os afissionado por jardinagem, a não ser que se queira um ajudante.

Por ser um cão muito ativo e alegre, o Cairn viverá melhor e mais feliz numa casa com quintal ou jardim em que possa explorar à vontade. Apesar do seu tamanho, possibilitar que viva em apartamentos, o ideal é que possa exercitar-se diariamente em passeios de pelo menos 1 hora. É um cão de personalidade muito alegre e que está sempre disposto a brincadeiras e mesmo em idade avançada costuma conservar essa jovialidade. Brincadeiras que estimulem seus instintos de caça serão sempre bem vindas.

Justamente por sua função de caça em tocas, em que precisavam tomar “suas próprias decisões”, não se pode dizer que sejam um exemplo de obediência ou solicitude. No ranking elaborado pelo pesquisador Stanley Coren, no livro “A Inteligência dos Cães”, o Cairn ocupa a 35ª posição entre as raças pesquisadas.

Assim como os demais Terriers, o Cairn pode apresentar uma tendência a ser um cão bastante latidor, funcionando como cão de alarme. Porém, caso more em apartamento, essa característica pode ser um transtorno e por isso o proprietário deve condicioná-lo desde cedo a não latir à toa. Sua personalidade alegre e divertida, sempre disposta à atividade, fazem do Cairn uma excelente companhia para crianças. Com outros cães, demonstra menos agressividade de que os outros Terriers, podendo conviver em relativa harmonia, mesmo com exemplares do mesmo sexo.

Nome científico: Canis lupus familiaris

Classificação superior: Cachorro

Expectativa de vida: de 12 a 15 anos

Personalidade: Alegre, Destemido, Resistente, Ativo, Inteligente, Assertivo

Altura: Macho: 25–33 cm, Feminino: 23–30 cm

Cores: Preto, Vermelho, Cinzento, Tigrado, Creme, Cor de trigo

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