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Bodião, um peixe bem comportado

Se há um peixe que pode ser chamado de “bem-comportado”, ele é o bodião. A espécie detesta a noite e quando ela se aproxima vai rapidinho se enterrar na areia para dormir…

Ao contrário de muitas outras espécies marinhas de aquário, o bodião não é um peixe que sofre rápidas transformações quanto à coloração durante a sua vida; ele se modifica mesmo enquanto ao sexo; e não há engano nessa afirmação não; o Bodianus rufus é uma espécie hermafrodita, ou seja, nasce sem sexo definido, quando jovem possui características de fêmea e posteriormente transforma-se em macho.

Habitando as águas tropicais dos mares da Flórida até o Brasil, este membro da família Labridae é geralmente encontrado junto aos recifes de coral e fundos rochosos, onde chega a medir cerca de 60cm de tamanho. Nesses locais alimenta-se de caranguejos, ouriços-do-mar e moluscos. De hábitos diurnos, o peixe parece não apreciar muito a noite e assim que esta chega, enterra-se parcialmente na areia ou então deita-se sobre o fundo arenoso para dormir ( toma a mesma atitude quando quer se proteger de eventuais predadores).

Ideal para aquaristas iniciantes, o bodião é uma espécie muito resistente e adapta-se bem à vida em aquários, convivendo pacificamente com outras espécies. Este peixe nada bastante pelo cativeiro, mas algumas vezes podemos flagra-lo tirando uma “soneca” próximo a um coral ou um substrato, mesmo durante o dia. Na montagem do seu aquário, portanto, duas coisas não podem ser esquecidas: uma boa quantidade de areia recobrindo o fundo do aquário (para quando ele quiser se “enterrar”) e algumas peças de coral, que farão com que o ambiente fique bem ao gosto do bodião. Mantenha a temperatura de água em torno dos 25°C e pH 8,3.

Alimentação

O bodião é um peixe “glutão”, devendo ser alimentado 3 vezes ao dia com pedaços de camarão, pequenos crustáceos, artemia salina, pedaços de minhocas e organismos verdes. Os alimentos em flocos não são o seu prato preferido, mas, se forem oferecidos, ele “educadamente” também os aceitará.

Reprodução

Seu potencial reprodutivo em aquários é baixo, mas possível de ser realizado. Para obter a reprodução, usa-se um aquário de aproximadamente 250 litros, rico em algas filamentosas, onde serão colocados de 4 a 6 exemplares de bodião, maiores que 8cm e de tamanhos diferentes.

A desova se dá geralmente durante o verão. A fêmea irá espalhar os óvulos pelo aquário, sendo logo em seguida fertilizados pelo macho. Após 3 ou 4 dias de fertilização, os filhotes eclodem e os adultos devem então ser retirados do recipiente. Os alevinos serão alimentados com infusórios nos 8 primeiros dias, podendo-se posteriormente acrescentar náuplios de artemia.

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