Lembre-se, aves são animais de hábitos diurnos e precisam descansar pelo menos 12 horas todas as noites, mas nem sempre isto é possível, porque muitas pessoas saem para trabalhar durante o dia e só retornam para casa depois de escurecer, e ainda querem interagir com elas. A ausência de período escuro de pelo menos 12 horas não confere a ave o descanso necessário que sua fisiologia exige e as consequências são fêmeas com distúrbios reprodutivos, aves de ambos os sexos apresentando irritação/agressividade e baixa imunidade, devido ao excesso de desgaste metabólico, além de predisposição para inúmeras doenças. Assim, deve-se cobrir as gaiolas com um pano fino ao anoitecer ou mantê-las em ambientes escuros para inibir o estimulo visual e permitir que descansem por 12 horas todas as noites.
Muitos tutores forram as gaiolas com jornal, usam gaiolas galvanizadas e oferecem brinquedos de metal para as aves. Entretanto, a tinta do jornal, o tratamento do metal da gaiola e o brinquedo podem ser fortes de intoxicação por metal pesado caso pequenos fragmentos desses objetos se soltem e a ave os coma acidentalmente. Produtos químicos como desinfetantes, tintas, fumaça (principalmente de cigarro) e vapores emitidos das panelas com antiaderente, tipo teflon, quando aquecidas, poderão ser causas de intoxicação aguda por inalação nas aves e mais branda nos outros animais silvestres. Deve-se sempre evitar a exposição deles a essas substâncias.
Alguns acidentes, como aves pisoteadas, ocorrem com certa frequência pela desatenção dos tutores ou de visitas que não sabem que há animais soltos na casa. A interação entre espécies diferentes sem supervisão também gera muitos casos de mordeduras. É comum por exemplo mordidas de cães em jabutis e ataques de gato à aves. Além do trauma físico, animais silvestres e exóticos, quando expostos a situações de estresse, liberam cortisol (hormônio de estresse) que é imunossupressor, predispondo o animal a infecções oportunistas.