Tanto a roupa cirúrgica como o colar elizabetano são obrigatórios no pós-operatório, principalmente nas fêmeas, pois tais acessórios mantêm a cicatriz protegida. Os pets devem usar as roupas cirúrgicas para proteger, fisicamente, a ferida. Como o animal sente incômodo durante a cicatrização, se o local dos pontos não estiver protegido, lesões podem ser provocadas na tentativa de aliviar a coceira. O pet pode lamber, morder, arranhar ou até esfregar a região operada, provocando a abertura dos pontos e complicações médicas. Já o colar elisabetano, que deve ser usado em machos e fêmeas, evita o contato da boca do animal com a área operada, que pode causar o rompimento dos pontos, se isso acontecer haverá exposição da musculatura, infecção, retardo na cicatrização e riscos à saúde do animal. Nas fêmeas as consequências são ainda mais graves, pois o corte cirúrgico é feito no abdome, caso a fêmea consiga puxar os pontos da operação, o tutor deve encaminhar o animal com urgência ao veterinário para que o ferimento não permaneça exposto e suscetível a infecções. O profissional irá avaliar a ferida, fazer o curativo e, se necessário, prescrever um tratamento complementar como pomadas ou curativos com maior frequência, tudo depende da evolução da ferida. Desse modo, esses acessórios devem ser usados pelas fêmeas durante todo o tempo de cicatrização, ou seja, entre 7 e 10 dias.
Neste período é orientado a restrição de atividades físicas. Assim, passeios, corridas, movimentos bruscos, o ato de subir escadas ou em locais altos, como camas e sofás, além de brincadeiras que exijam mais do animal, tanto em fêmeas como machos, estão proibidos durante o processo de recuperação da castração.
Por conta da anestesia ou pelo estresse passado antes do procedimento, alguns pets tendem a apresentar alguns sinais clínicos após a cirurgia. Mas calma, essas mudanças no comportamento, na maioria das vezes, são tidas como normais, mesmo que devam ser observadas pelo tutor e relatados ao veterinário. É normal o animal ficar um pouco enjoado e mais quieto nos dois primeiros dias do pós-operatório, caso o pet apresente vômito, ausência de evacuação, tremores, apatia, isolamento e sangramento, deve ser levado ao veterinário para descobrir o que está causado esses sintomas.