A agressividade está presente em praticamente todas as espécies animais. Por meio dela, fazem a defesa de território e dos ataques predadores, protegem os filhotes, disputam alimentos e caçam. Com os cães, não é diferente, no convívio com o ser humano, a agressividade também pode aparecer. Na maioria das vezes, ela se manifesta por conta da falta de habilidade na maneira de lidar com o animal, e nem sempre por maus-tratos ou falta de carinho, como muitos costumam afirmar.
Existem diversas maneiras de lidar com animais. Em todas, devemos sempre buscar um relacionamento harmonioso e seguro. Mesmo cães aparentemente indefesos, como um simpático poodle ou um minúsculo chihuhahua podem se tornar agressivos. Saber lidar com comportamentos agressivos é essencial para que a relação entre o ser humano e o animal se desenvolva corretamente. E quando o animal se mostra demasiadamente agressivo, o domínio das técnicas passa a ser fundamental.
Não imitar os bichos
Muitas pessoas, inclusive especialistas, sugerem que, ao lidarmos com determinado bicho, imitemos os comportamentos de outros indivíduos da espécie dele. No caso do cão, tais pessoas sugerem que, ao dar uma bronca, devemos emitir um ruído semelhante ao rosnado, olhar diretamente nos olhos dele e, dependendo da situação, agarrá-lo pela nuca e dar uma sacudida, imitando a repreensão hierárquica canina.
Tais técnicas podem ser claras para os animais, já que são estímulos semelhantes aos que ocorreriam com eles se convivessem com outros da mesma espécie. Mas, quando nos comportamos desse modo, é de esperar que a recíproca seja verdadeira – o animal agir conosco da mesma maneira que se comportaria com um igual a ele. Quem estuda matilhas sabe que um cão hierarquicamente inferior pode um dia desafiar o líder, havendo a possibilidade inclusive de mata-lo. É claro que não desejamos isso para nós. Portanto, não devemos agir exatamente da mesma maneira que os cães se não quisermos nos arriscar.
Usar a inteligência
Conhecer a maneira que os animais se relacionam e como expressam a agressividade pode ser bastante útil para não estimular que essa agressividade se volte contra nós, um cuidado especialmente conveniente em situações potencialmente perigosas.
Atitudes que estimulam a agressividade podem aumentar as possibilidades de agressões futuras. Tanto contra o dono como contra outra pessoa que não pareça tão forte ou tão dominante para o animal. Por isso, a melhor repreensão é a que menos estimula o comportamento hostil. Cada vez que entrava na cozinha, um Rottweiler era repreendido de maneira agressiva pelo dono, que o segurava pelo cangote e o jogava para fora. O cão passou a responder com agressividade. Quando me trouxeram o caso, sugeri que, em vez de agarrar o Rottweiler, fosse dito “não” e se deixasse cair um biscoito no chão, para assustar o cão sem estimular a agressividade. A estratégia resolveu o problema com maior eficiência.
Tornar agradável a aproximação
O animal deve gostar da sua aproximação e não temê-la. Se ele o associar a coisas negativas, aumentarão as chances de um dia você ser atacado. Para sua segurança aumentar, você precisa está associado a coisas positivas como petiscos, companhia, brincadeiras, passeios, etc.
Fazer nossa força ser superestimada
Brincar é uma das maneiras de os animais testarem os oponentes sem se machucar. Quando brincamos com um animal, também poderemos estar sendo testados. Brincar com cão dominante pode ser uma estratégia para que ele passe a respeitar você e não atacá-lo.