Se o seu cão está com as vacinas atrasadas, o ideal é regularizar o quanto antes para protegê-lo contra doenças sérias. Deixar de vacinar um cão pode colocar em risco não apenas a vida do animal, mas também a saúde pública. Apesar da ampla disponibilidade de vacinas e campanhas de conscientização, ainda há muitos tutores que negligenciam a vacinação de seus pets — um erro que pode custar caro.
O primeiro passo é consultar um médico veterinário, antes de aplicar qualquer vacina, ele fará um check-up geral para avaliar a saúde do animal. Em seguida, ele vai realizar um plano de vacinação atualizado, adequado à idade e histórico do cão.
Dependendo do tempo de atraso e das vacinas anteriores, o veterinário pode recomeçar o esquema de vacinação (especialmente se o cão é filhote ou o atraso foi grande) e em seguida, aplicar as doses de reforço necessárias para atualizar a proteção.
Os perigos da omissão
A vacinação é a principal forma de prevenção contra doenças graves, muitas vezes fatais, como a cinomose, parvovirose, leptospirose e a raiva. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o número de casos de cinomose e parvovirose ainda é alto em regiões onde a cobertura vacinal é baixa.
Além disso, algumas doenças, como a leptospirose e a raiva, podem ser transmitidas dos cães para os seres humanos, configurando risco à saúde pública.
“A vacinação é um ato de cuidado e responsabilidade. Quando um animal não é imunizado, ele se torna vulnerável e pode se transformar em vetor de doenças para outros cães, gatos e até pessoas”, alerta a médica veterinária da Terra Zoo, Dra. Kenia Sonja.
Vacinas essenciais para cães
Os cães devem receber dois tipos de vacinas: essenciais (ou obrigatórias) e não essenciais (recomendadas de acordo com o ambiente e estilo de vida do animal).
Vacinas essenciais:
- V8 ou V10: Protegem contra múltiplas doenças, como:
- Cinomose
- Parvovirose
- Hepatite infecciosa
- Coronavirose
- Leptospirose
- Parainfluenza
- Entre outras
- Antirrábica: Protege contra a raiva, doença mortal e de notificação obrigatória ao Ministério da Saúde.
Vacinas não obrigatórias (mas recomendadas):
- Vacina contra gripe canina (tosse dos canis)
- Vacina contra giardíase
Quando vacinar? O calendário básico
O esquema de vacinação varia de acordo com a idade do animal, mas o mais comum é:
Filhotes:
- A partir de 45 dias: 1ª dose da V8 ou V10
- Reforços a cada 3 a 4 semanas, até completar 3 doses
- Vacina antirrábica: a partir de 3 a 4 meses
Adultos:
- Reforço anual das vacinas essenciais (V8/V10 e raiva)
- Avaliação do veterinário sobre necessidade de vacinas adicionais
A vacinação também protege humanos
Algumas doenças prevenidas por vacinas caninas, como a leptospirose e a raiva, são zoonoses — ou seja, podem ser transmitidas aos humanos. Por isso, vacinar o seu cão não é apenas uma medida de cuidado com ele, mas também um ato de responsabilidade coletiva.
“Evitar vacinar por medo, desinformação ou economia pode sair muito mais caro no futuro — tanto financeiramente quanto emocionalmente”, afirma a Dra. Kenia.
Vacinar seu cão é mais do que uma obrigação: é uma demonstração de amor, cuidado e consciência. Manter a caderneta de vacinação em dia garante mais saúde, longevidade e qualidade de vida para o pet — além de contribuir para a segurança de toda a comunidade.
Se você não sabe se a vacinação do seu cão está em dia, procure um veterinário nas lojas Terra Zoo, leva a carteirinha, caso possua e atualize o quanto antes. A prevenção ainda é o melhor remédio.