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Como detectar doenças nas aves

Quem já perdeu uma ave de estimação, pouco tempo depois de ter percebido que ela não estava bem, sabe como é triste não conseguir providenciar tratamento em tempo hábil. São muitos os casos de pessoas que só percebem que estão com a ave doente quando ela já se encontra em estado grave, com evidente fraqueza e depressão. Por esse motivo, as aves ganham fama de frágeis, de que “morrem de um dia para o outro”. Isso também não é verdade.

O que há é a diferença da anatomia e a fisiologia das aves em comparação com a nossa. Vem daí a dificuldade de perceber com antecedência a presença de problema de saúde. Mas, é possível seguir algumas rotinas que permitem identificar no início os sinais de que algo não vai bem. Entre as técnicas, uma é a da observação das fezes e da urina da ave, tema desta edição.

Vulnerabilidade

A rapidez com que bactérias, vírus, fungos e parasitos podem causar infecção generalizada nas aves é muito maior do que nos mamíferos. Isso por que as aves, diferentemente dos mamíferos, não tem proteção dos linfonodos, estruturas espalhadas ao longo de todo o corpo com a principal função de alojar as células de defesa. Como um quartel general, dos linfonodos um aumento de células de defesa ao redor do foco da infecção, aumentando o sucesso no combate ao microorganismo patogênico. Por estarem ausentes nas aves, é mais fácil que bactérias, vírus e parasitos tenham acesso a corrente sanguínea delas. Consequentemente, a tendência de desenvolver infecção generalizada, e de reproduzir danos nos rins e o fígado, é maior nas aves do que nos mamíferos. E, anormalidade nesses órgãos produzem alterações nos excrementos alguns dias antes do agravamento da doença.

Fezes alteradas

Nas aves, os rins têm enorme capacidade de reabsorção de água. Por isso, exemplares saudáveis produzem pouca urina, a qual é transparente e eliminada juntamente com fezes firmes cilíndricas e de cor marrom escuro e verde claro.

Por outro lado, quando os rins são atacados por infecção ou lesionados perdem a capacidade de retenção de água, o que significa maior volume de líquido eliminado. Percebe-se, ao redor das fezes, maior quantidade de água. Ao mesmo tempo, a ave vai ficando desidratada e aquela massinha branca que se vê ao lado das fezes, chama-se de ácido úrico e que faz parte da urina, fica mais evidenciada.

Diarreias

Se as penas da ave estiverem sujas de fezes ao redor da cloaca e, no fundo da gaiola, houver excrementos liquefeitos, sem consistência firme e com coloração verde-escura, o indício é de infecção intestina.

Monitoramento

Forrar o fundo da gaiola com jornal ou qualquer tipo de papel de cor clara permite constatar facilmente o volume e a coloração da urina da ave, bem como a consistência das fezes. Não se deve, portanto, fazer a forração com areia, serragem ou qualquer outro tipo de cobertura.

Por meio da observação diária do estado da urina e das fezes, fica fácil detectar qualquer alteração no volume e na coloração dos excrementos antes que a ave apresente perda de apetite e fraqueza. Leva-la imediatamente ao médico-veterinário proporcionará tempo hábil para diagnosticar o problema de saúde e a possibilidade de medicá-la antes que apresente riscos de vida.

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