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São Bernardo – Mais conhecido como Beethoven

Nos Alpes suíços, há um trecho que permite o trânsito entre as montanhas, conhecido como a passagem do Grande São Bernardo. O local entrou para a história canina no ano de 1049, quando São Bernardo de Menton reergueu um prédio que passou a servir como monastério e ponto de parada para todos os que ousavam cruzar os Alpes.

O albergue passou a resgatar exploradores perdidos em meio na nave. E esse trabalho, a partir do século 17, ganhou o reforço de grandes cachorros de espírito amigável. Acredita-se que o são Bernardo descende de mastiffis que cruzaram a região marchando com o exército romano. Enorme, o cão assustava invasores e, por isso, os monges do albergue decidiram criar os animais. Mas logo perceberam que a raça tinha outra vocação: buscar viajantes perdidos. Os são Bernardos foram treinados para cruzar os Alpes latindo até perder a voz. O som era uma guia para os viajantes. Muitas vezes os cães encontravam aventureiros no chão exaustos ou feridos, e o cachorro adotava o procedimento do resgate: lambia o rosto e deitava ao lado da pessoa para aquecê-lo. Estima-se que os cães salvaram mais de 2 mil pessoas até os anos 2000, quando foram substituídos por métodos mais modernos de resgate. Barry, um são Bernardo nascido em 1800, era a estrela do albergue e teria salvado mais de 40 viajantes. Sua vida é cercada de lendas. Em uma delas, ela teria encontrado uma criança desacordada na neve. Como de praxe, lambeu a cara do pequeno e deitou ao seu lado. A criança teria se recuperado a ponto de abraçar Barry, que ergueu o jovem nas costas e o levou até o albergue. Barry ficou famoso a ponto de ganhar uma estátua em um cemitério de animais na cidade francesa de Asniéres-surseine. Morto em 1814, seu corpo está exposto no Museu de História Natural de Berna, na Suíça. Ele e toda a raça costumam ser retratados com pequenos barris no pescoço contendo conhaque, que ajudaria viajantes perdidos a se recuperar, mas é mais uma lenda em torno dos gigantes dos Alpes: que os monges do albergue negam que os animais também fossem pubs ambulantes ( mas o Barry empalhado no museu tem o barril no pescoço). Em 2005, o albergue passou a missão de preservar a raça para a Fundação Barry, na cidade suíça de Martingny.

No entanto, Barry, que pesava 45kg, era diferente dos atuais são Bernardo, que facilmente passam dos 50kg. No século 19, uma série de avalanches e doenças matou uma porção de animais, dificultando a preservação da raça. A solução foi cruzar, em 1830, os são Bernardos restantes com os terra-nova, uma espécie mais pacata e peluda. A raça ficou mais dócil e preguiçosa… ou seja, ficou com o espírito Beethoven, que fez sucesso em sete filmes a partir dos anos 90.

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Temperamento do São Bernardo

Calmo e descontraído, São Bernardo é gentil e paciente com crianças, embora ele não é particularmente brincalhão. Ele é dedicado a sua família e está disposto a agradar, embora em seu próprio ritmo e pode ser teimoso.

Família: cão de gado, sheepdog, mastiff
Área de origem: Suíça
Função original: carga, busca e resgate
O tamanho médio dos machos: Altura: >0,7 m, Peso: 54 – 90 kg
O tamanho médio das fêmeas: Altura: >0,7 m, Peso: 54 – 90 kg
Outros nomes: Mastiff dos Alpes

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